Tradução
Angélica Poza
A
notícia publicada pelo jornal digital espanhol Libertad Digital, no
último dia 28/07/16
(http://www.libertaddigital.com/),
chama atenção pela realidade de seu tema e pela possibilidade de
aplicação como forma de diminuir os gastos públicos de um país.
Provoca também questionamentos legais e sociais sobre uma mudança
“tão brusca” em regras seculares aplicadas nas administrações
públicas de muitos países, inclusive o Brasil.
É
mesmo possível ocorrerem mudanças tão radicais na vida do servidor
público naquele país?
Mudanças
que afetem diretamente os ganhos sociais de um trabalhador, pelo
menos aqui no Brasil, são extremamente difíceis de serem aprovados
nas instâncias políticas e legislativas. Quando se refere à classe
dos servidores públicos, além de toda a legislação comum aos dois
regimes (privado e público), há observância obrigatória aos seus
respectivos Estatutos vinculada a cada ente federativo a que
pertençam.
Não
encontrei notícia mais recente ou de continuidade veiculada nos
jornais espanhóis ou italianos sobre a reforma, mas ficarei atenta.
É preciso acompanhar as mudanças que ocorrem vinculadas aos
trabalhadores, afinal de contas, no final... estará a Previdência.
Segue
a tradução da notícia veiculada.
O
Governo de Matteo Renzi aprovará um decreto para reforma a
Administração Pública que pretende acabar com a estabilidade e o
pagamento do adicional de tempo de serviço de seus servidores
públicos.
Além
disso, o projeto de lei contempla que “a cada ano todos os órgãos
públicos devem comunicar ao ministério os excedentes de pessoal em
relação às exigências de cargos ou à situação financeira”,
acrescenta o jornal ABC Internacional.
Assim,
todos os empregados do setor público poderão ser transferidos
obrigatoriamente a outro órgão, em um raio de 50km para que ocupem
outras funções.
Em
relação os adicionais por tempo de serviço, triênios ou
qüinqüênios, os servidores italianos se despedirão dessa
retribuição que só depende do tempo que tem no serviço público.
Renzi quer que todos os anos os servidores sejam avaliados por seus
dirigentes segundo o trabalho realizado. Então, dependendo de sua
produtividade e da situação financeira do Estado se aplicará o
reajuste.
Também,
imporão a língua inglesa como obrigatória nos concursos públicos
e serão agilizados os processos administrativos disciplinares. Com
suas palavras: “se acabou a vida fácil dos servidores”.
Fim
do absenteísmo
O
presidente do Governo italiano já anunciou há alguns meses um
decreto legislativo que se poderá “demitir em 48 horas” aos
servidores públicos que cometam absenteísmo (faltas ao trabalho)
injustificado.
“Quem
for visto batendo o ponto e depois não entra para trabalhar será
despedido em 48 horas. É uma forma de sermos justos com os demais
servidores porque permitirá ver com melhores olhos aqueles que
realmente trabalham na administração pública”, explicou Renzi.
São
esperados 3.700 milhões de euros de economia com essa medida. A
ministra de Administração Pública, Marianna Madia, se manifestou
que, a partir de agora “será suficiente uma foto ou vídeo para
despedir um servidor”. Avisou também que vigiará especialmente o
absenteísmo às sextas-feiras, quando muitos funcionários não se
apresentam ao trabalho, sem justificativa suficiente, porque
aproveitam para ter um “feriadão”.
De
acordo com a Confindustria, patronal italiana, em empresas com mais
de 100 trabalhadores, por cada 13 ausências no setor privado, há 19
no setor público.
Leia
o texto completo na versão original em:
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