A agência de classificação de risco Fitch rebaixou nesta sexta-feira (23) a nota de crédito do Brasil. A avaliação foi reduzida de "BB" para "BB-", o que mantém o Brasil dentro do grupo de países considerados maus pagadores de suas dívidas.
Na Fitch, o país está três níveis abaixo do grau de investimento, espécie de selo de bom pagador. A perspectiva melhorou de "negativa" para "estável", o que reduz o risco de novos rebaixamentos nos próximos meses.
Logo após o rebaixamento, a Bolsa brasileira, que subia 0,13%, chegou a cair 0,63%, mas reduziu a queda. Às 15h, o Ibovespa havia voltado a subir 0,11%.
Na Fitch, o país está três níveis abaixo do grau de investimento, espécie de selo de bom pagador. A perspectiva melhorou de "negativa" para "estável", o que reduz o risco de novos rebaixamentos nos próximos meses.
Logo após o rebaixamento, a Bolsa brasileira, que subia 0,13%, chegou a cair 0,63%, mas reduziu a queda. Às 15h, o Ibovespa havia voltado a subir 0,11%.
"O rebaixamento do Brasil reflete seus persistentes e grandes déficits fiscais, alto e crescente peso da dívida pública e a falta de legislação sobre reformas que melhorem o desempenho estrutural das finanças públicas", trouxe a Fitch em nota.
E acrescentou: "A decisão do governo de não colocar a reforma da Previdência em votação no Congresso representa importante retrocesso na agenda de reformas, que mina a confiança na trajetória de médio prazo das finanças públicas e do compromisso político para abordar o problema".
Até então, a Fitch classificava o Brasil como "BB" com perspectiva negativa e nesta semana já havia indicado que faria o movimento de rebaixamento, explicando justamente que o fracasso na reforma da Previdência pressionava a nota do país.
Na segunda-feira, o governo jogou a toalha sobre a votação da matéria e apresentou um conjunto de medidas econômicas, boa parte delas já em tramitação no Congresso, para tentar amenizar o impacto da decisão no ambiente econômico.
Reação
Após o rebaixamento pela Fitch, o Ministério da Fazenda divulgou nota dizendo que mantém o compromisso com a agenda reformista e destacando os fundamentos da economia brasileira.
O ministério diz que "segue comprometido em progredir com a agenda de reformas macro e microeconômicas destinadas a garantir o equilíbrio das contas públicas, crescimento econômico sustentável e contínua melhoria do ambiente de negócios".
Segundo a Fazenda, a Fitch "reconhece que os fundamentos macroeconômicos brasileiros permitem tanto absorver choques internacionais e domésticos como garantir a sustentabilidade da dívida pública".
A Fazenda destacou ainda medidas já aprovadas, como o teto de gastos, a reforma trabalhista, o programa de recuperação fiscal dos Estados e a nova taxa de juros do BNDES.
Fonte: Destak Jornal
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