No cronograma mais otimista, o governo gostaria de começar a votar a versão enxuta da reforma da Previdência na Câmara já na próxima semana, mas os dias que servem à articulação final estão tendendo mais para o pessimismo.
Mesmo tendo iniciado uma reforma ministerial muito pedida por partidos aliados, ao nomear o deputado goiano Alexandre Baldy para a pasta das Cidades, o presidente Michel Temer (PMDB) está vendo a base aliada fraquejar.
No jantar que deu na última semana para conversar sobre a reforma da Previdência, Temer esperava receber até 250 parlamentares, mas pouco mais de 100 apareceram. Reportagem publicada pela “Folha de S. Paulo” estima que a base real de sustentação do governo seja de menos da metade dos 513 deputados.
Para aprovar a reforma da Previdência, são necessários dois terços dos votos (308) em dois turnos só na Câmara.
Ainda o PSDB
A continuação da reforma ministerial é hoje, o principal trunfo do Palácio do Planalto para tentar reverter a perda de apoio.
No momento, todos os olhos estão voltados para os ministérios ocupados por tucanos, especialmente a Secretaria de Governo, onde Antônio Imbassahy se segura com dificuldades. Na semana passada ele quase cedeu o lugar ao deputado federal Carlos Marun (PMDB-MS), em um episódio que acabou gerando ainda mais atritos entre Temer e seus aliados no Congresso.
Ao longo da semana, os articuladores do Planalto farão as contas finais para decidir se será mesmo possível votar as mudanças na Previdência pelo menos na Câmara este ano.
Há, porém, testes mais urgentes. Excepcionalmente, a Câmara se reune hoje para votar uma Medida Provisória. O texto trata do parcelamento de dívidas de produtores rurais e foi um dos acenos do governo a uma parcela significativa da base, a bancada ruralista.
A pressa repentina é fruto das últimas dificuldades. Se não for votada até terça-feira (28) também pelo Senado, a MP vai vencer e perder a validade.
Fonte: Metro Jornal
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