O Ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, afirmou nesta
segunda-feira, 30, em visita à Agrishow, em Ribeirão Preto (SP), que o
Congresso Nacional “sempre foi parceiro” e aprovou medidas importantes para o
governo “como a regra do teto do gasto, reforma trabalhista e a nova taxa de
juros de longo prazo (TLP)”. Segundo o ministro, o seu papel é seguir dialogando
com o Parlamento, que, segundo ele, saberá dar respostas adequadas às reformas
estruturantes necessárias para o País, como a da Previdência.
O afago de Guardia ao Congresso ocorre no momento em que o
governo tem dificuldades de tramitar propostas e logo após elogios feitos pelo próprio
presidente Michel Temer (MDB) ao Legislativo. Sábado, 28, Temer afirmou, em
Uberaba (MG) que “tudo que foi feito(em seu governo) foi em parceria com o Legislativo,
que não é um apêndice do governo”. Guardia respresentou Temer na abertura da
principal feira do Agronegócio da América Latina, encerrada nesta terça na
cidade do interior paulista.
Além de não ir à Agrishow, o presidente cancelou a viagem à
Ásia para que votações na Câmara e no Senado não fossem prejudicadas com as
necessárias ausências dos presidentes das respectivas Casas, Rodrigo Maia
(DEM-RJ), e Eunício Oliveira (MDB-CE). Primeiros na linha sucessória de Temer,
ambos são candidatos nas eleições deste ano e também teriam de se ausentar do
País com a viagem do presidente.
Segundo Guardia, o governo “continua trabalhando firme” para
aprovar projetos importantes no Congresso, entre eles a capitalização da
Eletrobras e Leilões do pré-sal. “Temos ainda o cadastro positivo e a duplicata
eletrônica, que vão ajudar a dar acesso e crédito aos pequenos produtores,
pequenas e médias empresas e também reduzir o custo do crédito”, citou.
O ministro considerou ainda a reforma da Previdência como prioritária
para a redução do déficit estrutural previsto para este ano e para o próximo ano
e o equilíbrio fiscal. “O que falta do ponto vista fiscal, e para reduzir
desigualdades, é a reforma da Previdência. É um passo fundamental para
consolidar o ajuste fiscal”, afirmou, lembrando que por conta da intervenção
federal no Rio de Janeiro não pode avançar no Parlamento.
Guardia repetiu que a crise foi superada e o crescimento econômico
é retomado em um ambiente de inflação e juros baixos. “Em 2017 a economia voltou
a crescer e este ano estamos discutindo se a economia vai crescer 3%, como o
governo prevê, ou 2,7%, que é a medida da expectativa dos economistas”, disse. “A
economia volta a crescer, mas o desafio é aumentar o nível de poupança, que é
baixo, para poder investir mais e ampliar o nível de investimento agregado”,
ponderou.
O ministro citou que reformas consideradas por ele como “fundamentais
para estabilidade macroeconômica e ambiente regulatório adequado”, aumentarão a
produtividade da economia e atrairão investimento privado, sobretudo na
infraestrutura.
Fonte: EXAME
Comentários
Postar um comentário