O economista Leonardo Rolim, consultor da Câmara dos Deputados, é um dos cotados para assumir a secretaria de Previdência no futuro governo de Jair Bolsonaro, segundo fontes com conhecimento da negociação. A pasta comandada por ele ficaria subordinada a uma secretaria de Previdência e Arrecadação, que seria comandada pelo economista Marcos Cintra, presidente da Finep e integrante da equipe de transição. Rolim é um dos autores da proposta de reforma da Previdência encaminhada pelo ex-presidente do Banco Central Arminio Fraga à equipe econômica de Paulo Guedes.
De acordo com integrantes da transição, a indicação de Rolim para o cargo ainda não está definida. A equipe responsável pela Previdência teria outros nomes, como o dos irmão Abraham e Arthur Weintraub, especialista em Previdência, que integram a equipe de transição. Uma fonte afirmou ainda que há mais técnicos envolvidos na negociação, embora os ainda não estejam fechados.
Caso o nome de Rolim seja confirmado, deve ganhar força a proposta assinada por ele, que também teve a coordenação do economista Paulo Tafner, da Fipe. Tafner e Arminio já descartaram a possibilidade de assumir um cargo no futuro governo. O texto proposto pelo grupo é considerado mais duro que o que se encontra atualmente parado na Câmara dos Deputados, com idade mínima de 65 anos para ambos os sexos e tempo de transição mais curto. Outra características importantes é a desconstitucionalização. Na proposta, as mudanças feitas no sistema de aposentadoria e pensões são estipuladas em quatro projetos de lei, em vez de estarem todas previstas em emenda constitucional. A ideia é facilitar eventuais ajustes no futuro.
Também se esse estrutura se confirma, o atual secretário da Previdência, Marcelo Caetano, deve ficar de fora do futuro governo. De acordo com fontes, Caetano pleiteia um cargo de mandato de seis anos na Associação Internacional da Seguridade Social (Issa, na sigla em inglês), que tem sede em Genebra. Caetano é um dos autores da proposta de reforma da Previdência proposta pelo governo Michel Temer, que acabou não sendo aprovada e é abertamente criticada por Bolsonaro.
Fonte: O Globo
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