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Em manifesto, DEM ignora Previdência e se diz preparado para a Presidência



O DEM divulgará nesta quinta-feira, 8, dia em que realiza sua convenção nacional, um manifesto no qual elenca suas prioridades na área econômica e social para o País. Intitulado "O Brasil que vai dar certo", o documento ignora a reforma da Previdência, uma das principais bandeiras do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que será oficialmente lançado pré-candidato à Presidência da República pela sigla durante a convenção e que, segundo integrantes da legenda, tem no manifesto as principais diretrizes de seu futuro plano de governo.
No documento, obtido pelo Broadcast Político, o DEM também faz críticas aos governos do PT, ao dizer que, quando era oposição, enfrentou a "arrogância e a ambição hegemônica" dos então ocupantes do poder. Sem fazer qualquer menção do governo Michel Temer, dirá que os brasileiros buscam "um novo rumo" e que a legenda está pronta para ter um presidenciável.
"Estamos prontos para colocar em prática nossas ideias e nosso projeto para o País já a partir da eleição desse ano. O Democratas se sente preparado para apresentar um candidato a presidente da República que lidere a reconstrução desse novo Brasil".
Outrora considerado de direita, o DEM se define no manifesto como partido de "centro democrático". A sigla afirma que rejeita extremismos, radicalismos, demagogia e populismo, "venham de onde vierem", e que acredita num sistema "liberal e humanista, baseado na igualdade de oportunidades", cabendo ao Estado ter um papel regulatório e incentivado, desde que não "sufoque" esforços individuais e empresariais. Sem mencionar a palavra aborto, a legenda se diz defensora "incondicional e permanente" do "direito à vida e à propriedade", à liberdade de pensamento, de opinião, de informação e de crença religiosa. 
No documento, o DEM diz querer discutir com os brasileiros um "projeto de mudanças" e elenca uma série de "prioridades", entre elas: debater "imperfeições" de cada um dos poderes da República e "viabilizar" uma saúde pública "digna" para população que não pode pagar um plano privado, além da concessão à iniciativa privada de todas as atividades inerentes ao governo e redução da carga tributária de forma gradativa, na medida em que o custo da máquina governamental diminua. "Em síntese, o Brasil que queremos é o País do otimismo e do empreendedorismo, da livre iniciativa e do esforço pessoal".
O partido ressalta ainda no manifesto que teve atuação "decisiva num passado bem recente, quando o Brasil vivia sob o domínio do populismo", o que será "novamente agora, quando o Brasil busca um novo rumo". "Que ninguém tenha qualquer dúvida: as transformações que o Brasil tanto quer e necessita exigem a participação do Democratas. O Democratas assume, hoje, o compromisso de ser um forte e decisivo protagonista da cena política que pretende viabilizar um novo Brasil", afirma a legenda no documento, que deve ser oficialmente divulgado durante a convenção.


Fonte: Estadão

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