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"O que vai salvar a Previdência é gerar empregos" , Afirmou Lula



O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apontou como saída para o déficit da Previdência a geração de empregos. Questionado sobre a necessidade de mudar as regras da aposentadoria, como tentou o presidente Michel Temer (MDB), Lula criticou quem “só discute Previdência em época de crise”. “O que vai salvar a Previdência é gerar emprego, renda e contribuinte. A solução para a crise brasileira é o país voltar a crescer”, disse, em entrevista à rádio Cultura Foz, do Paraná.

O petista afirmou que, em um governo seu, buscaria diálogo com sindicalistas e empresários para equilibrar a Previdência. “Não dá para fazer discurso jogando a culpa em cima do pobre trabalhador. [A Previdência] vai quebrar se não tiver mais emprego.”

A entrevista marca o início da caravana de Lula pela região Sul do país. O ex-presidente tem viajado para mostrar argumentos em defesa da sua condenação em segunda instância, por corrupção e lavagem de dinheiro, e para divulgar sua pré-candidatura à Presidência. A Justiça Federal condenou Lula a 12 anos e 1 mês de prisão, e a sentença inviabiliza sua candidatura. “Eu me considero um inocente condenado e perseguido. Eu tenho a consciência limpa dos inocentes. Meus acusadores mentiram no meu processo.”

Lula atribui as ações judicias contra si a uma inicialmente combinada entre Mistérios Público, Justiça e imprensa para impedi-lo de se candidatar. “Eu quero ter a chance de provar que posso fazer o Brasil voltar a ser feliz. O medo deles é que eles sabem que tem cidadão que cuidar do povo”.

O petista afirmou que, se eleito, quer fazer ”distribuição de riqueza”, ou seja, “colocar pouco dinheiro na mão de muitos”. “[No meu governo], a gente tinha acabado com isso de criança pedir esmola”. “ A solução econômica do país passa por colocar os pobres dentro da economia.”

Questionado sobre o MBD, partido que liberou o processo de impeachment de Dilma Rousseff (PT), Lula disse não guardar mágoa dos antigos aliados e vislumbrar “acordos programáticos” com eles para as eleições de outubro. “Muita gente alimenta o sonho de ter os políticos todos santos”, afirmou



Fontes: Valor Econômico

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